Quais são os 3 supermercados que mais vendem vinhos no Brasil e como chegaram a esses resultados?
Responder essa pergunta é mais simples do que explicar o porquê deles estarem na ponta, mas explicarei mesmo assim. Vamos a eles.
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Que tipo de vinho o consumidor mais compra em supermercados?
Crescimento no consumo comparado.
O Ranking: Pão de Açúcar, Walmart e Zaffari. Os três maiores, nessa ordem.
Pão de Açúcar.
WalMart.
Záffari.
St Marché
Veja a lista dos maiores importadores/vendedores de vinhos do Brasil em 2019.
O que as bandeiras líder fazem de diferente?
Perfil do consumidor de vinhos de supermercados.
Onde está o consumidor? Consumo por regiões.
Perfil do consumidor.
Qual a origem dos vinhos consumidos.
Brasil: 86% dos vinhos são vendidos em supermercados.
Segundo dados fornecidos por André Svartman, do setor de Desenvolvimento de Marcas e Produtos do Grupo Pão de Açúcar, 86% das vendas de vinho no Brasil se concentram em supermercados (68%) e hipermercados (18%), ocupando o primeiro e terceiro lugares deste ranking. O segundo lugar é ocupado pelas adegas, lojas e delicatessens.
Que tipo de vinho o consumidor mais compra?
14% para os vinhos espumantes e frisantes e 11% para os tintos, brancos e rosés. Do mercado consumidor brasileiro, apenas 20% consomem vinho – ou seja há um universo de 80% a ser explorado. Destes 20% consumidores, 69% compram vinho apenas uma vez por mês, sendo que 52% compram vinho apenas em ocasiões especiais – mais um espaço de crescimento do consumo para o vinho do dia-a-dia.
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Crescimento no consumo comparado.
Dados da Boston Consulting Group mostram que o consumo deu um salto de 1 trilhão de reais em 2003 para 2,6 trilhões em 2013, e que a sofisticação do consumo, claro, apresenta comportamento diferente de acordo com o nível de renda. Por exemplo, na faixa dos brasileiros que ganham de 30.000 a 45.000 dólares por ano, há uma tendência a gastar mais o salário em itens mais caros como café, lazer e… vinho! Não é à toa que os supermercados estão de olho neste consumidor que está refinando seu gosto.
14% para os vinhos espumantes e frisantes e 11% para os tintos, brancos e rosés. Do mercado consumidor brasileiro, apenas 20% consomem vinho – ou seja há um universo de 80% a ser explorado. Destes 20% consumidores, 69% compram vinho apenas uma vez por mês, sendo que 52% compram vinho apenas em ocasiões especiais – mais um espaço de crescimento do consumo para o vinho do dia-a-dia.
Fonte: IG Vinhos.
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O Ranking: Pão de Açúcar, Walmart e Zaffari. Os três maiores, nessa ordem.
Os números não foram divulgados pelas empresas.
1º- Pão de Açúcar

2º- Walmart

3º- Zaffari

Veja a lista dos maiores importadores/vendedores de vinhos do Brasil em 2019.
Fonte: Guia ADEGA 2019/2020
1 | VCT BRASIL | 17 | SUPERMERCADO ZONA SUL |
2 | GRUPO PÃO DE AÇÚCAR | 18 | GUPO ANGELONI |
3 | INTERFOOD | 19 | ADEGAALENTEJANA |
4 | WINE.COM.BR | 20 | MINERVA |
5 | CASA FLORA | 21 | CARREFOUR |
6 | EVINO | 22 | SUPERMERCADO VERDEMAR |
7 | WORLD WINE / LA PASTINA | 23 | ZAHIL |
8 | GRAND CRU | 24 | SUPERMERCADO MUFFATO |
9 | MISTRAL | 25 | QUALIMPOR |
10 | WALMART BRASIL | 26 | OBRAPRIMA |
11 | ZAFFARI SUPERMERCADOS | 27 | MASSIMEX TRADING |
12 | CANTU | 28 | FESTIVAL |
13 | MOET HENNESSY DO BRASIL | 29 | GRUPO CENCOSUD |
14 | LICÍNIO DIAS / ÉPICE | 30 | DOMAZZI |
15 | DECMINAS | ||
16 | DECANTER |
O que as bandeiras líder fazem de diferente?
Maior espaço dedicado ao vinho.
Basta olhar o espaço dedicado aos vinhos em lojas como St. Marché, Carrefour, WalMart, Záfari e o próprio Pão de Açúcar pra entender o porquê vendem tanto. Quem percorre com mais atenção as prateleiras e corredores vai notar a existência de rótulos exclusivos, geralmente com preços convidativos, e/ou rótulos próprios.
Importação própria.
Todos os líderes em vendas são também os líderes em importação de rótulos próprios.
O St Marché é a única exceção a essa regra, o motivo é por ser um supermercado mais exclusivo para as classes mais altas, mas por ser uma das maiores importadoras de vinhos, mereceu seu destaque aqui.. Ela tem em seu portfólio 100 rótulos de importação própria – são vinhos de todo estilo e faixa de preço – e pretende alcançar 300 rótulos até 2016.

A Walmart chegou a importar diretamente o argentino Argento Malbec, Cabernet Sauvignon e Chardonnay para uma ação do seu clube de relacionamento, o Sam’s Club, e inaugurou uma área exclusiva para vendas de vinho no seu site em parceria com a loja virtual FastVinhos .
O Carrefour também aposta numa linha de marcas próprias, como a linha Sellecion, e importação exclusiva de vários países.
O Pão de Açúcar explora há muitos anos este nicho tendo à frente o consultor de vinhos Carlos Cabral que formou um exército de atendentes de vinho para orientar seus clientes em 600 pontos de venda. Cabral, um dos maiores conhecedores de Vinho do Porto do mundo, autor de livros sobre o tema, foi um dos responsáveis pelo negócio de vinho tomar o atual dimensão no Pão de Açúcar. A rede tem 90 rótulos próprios do Club des Sommeliers – e o objetivo é chegar a 200 em 5 anos – e mais 50 etiquetas exclusivas.
Mão de obra qualificada.
O Pão de Açúcar foi o primeiro a investir na formação de seus atendentes. A rede não teve dúvidas quanto a patrocinar cursos de sommeliers aos funcionários que atendiam na adega, hoje a rede é a que tem o maior número de sommeliers do Brasil. Ao ver os resultados do Pão de Açúcar, as demais redes fizeram os mesmo. Hoje também contratam sommeliers de fora, mais bem formados, mais experientes e com mais conhecimento e vivência na profissão oriundos de restaurantes que, na contramão, diminuíram o número de profissionais. Restaurantes que contavam com 2 sommeliers hoje têm apenas um, os que tinham um hoje têm nenhum, é o Maitre ou o próprio gerente quem gerencia a adega. Isso nos restaurantes de auto padrão, os demais não têm nenhum especialista e deixam o encargo de servir vinhos aos garçons. Essa situação só deve piorar na reabertura pós pandemia.
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Perfil do consumidor de vinhos de supermercados.
Quem é este consumidor que compra em supermercados?
Fonte: Marcelo Copello.
Segundo dados da Nielsen Consulting, que audita o mercado off trade e os lares dos consumidores, o perfil do comprador do vinho em supermercados é de mulheres de idade maior ou igual a 56 anos e da classe C. Nesta classe social (com renda familiar mensal entre R$ 3.992 e R$ 9.980) estão 48,7% dos consumidores, enquanto 40,2% estão nas classes A e B, respectivamente com renda acima de R$ 19.960 e entre R$ 9.980 e R$ 19.960..
É inegável a crescente importância dos jovens em nosso mercado de vinhos. O fato é comprovado pela pesquisa realizada pelo Grupo BACO em parceria com a empresa de pesquisas EC Global, na qual 59% dos jovens entrevistados (com idade de 18 a 24 anos) reconhecem um aumento de consumo de vinho entre eles. Nesta faixa etária 32% respondeu beber vinho raramente, 15% tem consumo mensal, 21% quinzenal, 23% semanal e 9% diário.
99% dos entrevistados compram seus vinhos em supermercado, apenas 1% compram em clube de vinhos da Internet.
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Onde está o consumidor?
Fonte: Marcelo Copello.
O consumo per capita no Brazil ainda é baixo, cerca de 2 litros por habitante como média nacional. Mas este consumo é bastante regionalizado. As regiões Sul e Sudeste respondem por cerca de 80% do volume total. Segundo a Ideal Consultoria, em volumes brutos os estados de maior consumo são São Paulo (32%), Rio de Janeiro (17%) e Rio Grande do Sul (12%), onde está 90% da produção domestica. Em termos de consumo per capita, a posição se inverte. O Rio Grande do Sul lidera com 4,46 litros, seguido por Rio de Janeiro (4,03), com São Paulo bem atrás, com (2,85). Como o Rio Grande do Sul tem seu consumo focado no vinho brasileiro, podemos dizer que em vinhos importados o Rio de Janeiro é líder.
Com São Paulo já bastante saturado e concorrido, as regiões Cetro-Oeste, Norte e Nordeste, são as de maior crescimento, de maior potencial, e muitas vezes esquecidas por quem investe no mercado brasileiro. Lá estão 80 milhões de pessoas que consomem em média menos de 1 garrafa de vinho ao ano. Nestas regiões há bastante público interessado e carente de maior presença dos players do mercado.
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Perfil do consumidor.
Fonte: Guia ADEGA 2019/2020, BACO EC/GLOBAL, Marcelo Copello e ABRAS.
Estilos e escolhas.
Em termos de estilo, o gosto do consumidor brasileiro tradicional ainda é por tintos encorpados, macios, frutados, com carvalho novo, em garrafas pesadas, com rolha de cortiça. Para este perfil vinho é inverno, lareira e queijo..
Este modelo contudo está sendo corrompido pelos millenials, pelo consumo feminino e pelos novos entrantes em geral. Este consumidor não segue muitas regras tradicionais, compra mais por seu prazer e gosto, menos pela fama do rótulo e está mais aberto a novos tipologias, como os rosados..
Segundo pesquisa do Grupo BACO/EC Global, 42% dos entrevistados já prefere vinhos menos alcoólicos, 46% é indiferente e apenas 12% prefere os mais alcoólicos.
Sustentáveis e orgânicos
Segundo o site da ABRAS, os vinhos orgânicos simples, os biodinâmicos e os naturais, estão ganhando cada vez mais espaço entre as preferências dos consumidores. Produzidos de maneira sustentável, possuem um sistema de base ecológica muito melhor para o meio ambiente e são vistos como uma grande aposta para o futuro da indústria. De acordo com a pesquisa, além das opções mais naturais, os consumidores, principalmente da geração z , estão optando também por “brancos aromáticos, frescos e com baixo teor alcoólico e por tintos interessantes, com menos taninos”.
Leia também: Como são produzidos os vinhos orgânicos e biodinâmicos.
Embalagens que fazem a diferença
A embalagem também é importante. As garrafas de vinho feitas com vidros mais leves e que possuem rolhas com emissão zero de carbono prometem se destacar entre os pedidos dos consumidores durante 2020. Outra opção que também promete aumentar são os vinhos de lata. Segundo a pesquisa, a bebida enlatada, que já faz grande sucesso no Estados Unidos, deve ganhar mais espaço no Brasil. Considerada como uma opção mais prática para algumas ocasiões, as embalagens são 100% recicláveis.
Quando o brasileiro toma vinho?
Para o brasileiro o vinho não é uma bebida alimentar do dia a dia, mas uma bebida social, ligada ao convívio e à celebração. Experiência é a palavra do momento neste mercado e é por isso que os eventos vinhos estão em alta por aqui. Festivais, feiras, palestras, degustações, seminários, wine dinners, brotam a todo momento por todo o país.
Segundo pesquisa do Grupo BACO/ECGlobal, 26% dos entrevistados bebe seu vinho em casa ou na casa de amigos, 13% no inverno, 15% em restaurantes com amigos ou família, 12% em encontro romântico, 10% em festas e 9% em almoços/jantares de negócios.
Nosso consumidor compra seu vinho em geral no mesmo dia em que será consumido. Segundo dados da Nielen Consulting, 42% das vendas é feita às sextas-feiras ou sábados. Em termos de datas festivas os campeões de vendas para vinhos importados são em primeiro lugar o dia dos pais, em segundo o dia dos namorados e em terceiro a black friday. Para o vinho brasileiro são as festas de fim de ano, Natal e réveillon, quando se vende boa parte da produção nacional de espumantes.
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Qual a origem dos vinhos consumidos.
Fonte: Guia ADEGA 2019/2020
O produto doméstico continua líder em volume, com 66,2% do mercado, ancorado pelos 54,9% de share dos vinhos de uvas não viníferas. Os vinhos importados, contudo, dominam em valor, com 66,4% de share, e vem crescendo todos os anos há três décadas em volume e valor. Em 2018 a importação cresceu 3,2%, ou seja, três vezes mais que o PIB.
Segundo números do Guia Adega, o Chile permanece lidera do ranking dos importados já há cerca de 15 anos, mas vem perdendo share gradativamente. Caiu de 47,2% em 2016 para 42,4% em 2018.
Para Carlos Cabral, consultor de vinhos do Grupo Pão de Açúcar, maior importador de vinhos do país, “o novo consumidor está enjoando do vinho chileno, já percebe sua mesmice. Ele vê no vinho chileno algo massificado. Tenho medo que aconteça com o Chile o que aconteceu com os alemães da garrafa azul. Está acontecendo uma migração para os vinhos de Portugal”.
Portugal, 2o em volume e 3o em valor, cresceu muito como opção europeia aos vinhos sul-americanos, mas cresceu em vinhos de baixo custo, o que pode prejudicar a imagem do país no longo prazo.
Em segundo lugar em valor segue a Argentina, que perdeu metade de seu share nos últimos anos, não pela qualidade de seus vinho ou percepção do consumidor, mas pela crise interna que impactou a constância no preço e no fornecimento de seus vinhos.
A Itália segue em 4o lugar, ancorada pelo lambrusco, que representa quase 40% de suas importações. França segue em 5o em volume, mas como líder em valor médio por caixa.
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12 respostas
Maconha é legal para quem usa, para os pais é um pesadelo.
Concordo muito com sua opinião.
Repare que quem defende a droga ou é adulto usuário ou adolescente que acha que sabe todas as verdades do mundo.
Formigas na comida? Arrrgh!
É sim. É tendência mundial entre o pessoal que quer melhorar o mundo derrubando o que já está pronto pra construir outro no lugar. Se você achou nojento, você é normal como eu. Como a maioria.
Bem legal a iniciativa deles. O racismo estrutural deve ser combatido sempre.
Fogo nos racistas!
Sem álcool em gel já estaríamos todos mortos, mas parece que algumas pessoas não entendem como é importante ouvir os especialistas.
Cara, tu é só mais um bolsominium idiota.
Maconha não faz mal pra ninguém. Apága essa merda antes que eu deniuncie.
Pode postar mais sobre cerveja?
Aquele curso no youtube vai sair?
Vai sim. falta só a placa de vídeo.
Muito bom sua postagem sobre a história do whisky. Compartilhei com meus funcionários.
Para o brandy ser considerado Cognac, necess rio que as uvas tenham sido cultivadas, fermentadas e destiladas na Fran a, mais especificamente na regi o de Charente, ao norte de Bordeaux. l que est localizada a cidade de Cognac, que deu nome bebida.
Não. Errado.
O Conhaque originou-se na região de Cognac, próxima a costa leste, quando marinheiros franceses, precisando de espaço nos porões dos navios, resolveram destilar o vinho popular produzido ali. Do acondicionamento dessa bebida destilada em barricas de carvalho, surgiu a cor dourada, hoje típica do conhaque. A região não fica em Bordeaux, fica longe, bem ao norte do outro lado do Garona (Garonne).