Nessa 2ª parte falaremos sobre:
Índice da postagem:
Farinha Extra Clara.
A farinha extra clara é extraída da parte nobre do grão (partes internas). é utilizada quando se procura ter massa de pães mais brancas. O produto final é de alta qualidade.
É indicada para:
Indicada para o uso em confeitaria, massas secas, massas amanteigadas, empanados, biscoitos especiais, entre outros.
OBS: não indicada para produtos de fermentação biológica.
O que se ganha com ela frente as farinhas comuns?
- sabor + crocância;
- curta fermetação: 3 a 4hs (para fermentações mais longas é necessário retardador de fermentação);
- pães com pestanas definidas (ideal p/ pães franceses).
Ficha técnca:

Entenda a classificação das farinhas italianas, francesas, alemãs e outras.
Por: Amo Pão Caseiro.
Cada país classifica sua farinha de um jeito diferente. Para quem está acostumado com a pouca variedade do trigo brasileiro, comprar farinhas importadas pode ser um grande desafio

Quero deixar claro que não sou engenheiro de alimentos e não tenho nenhum conhecimento avançado sobre o assunto. Sou apenas um padeiro amador que, uma vez ou outra, gosta de comprar farinhas importadas para fazer pães em casa
Em geral, as farinhas são classificadas de acordo com o refino do grão (mais fino ou mais grosso) e o teor de cinzas, que é a quantidade de sais minerais presentes na farinha. Esses minerais estão concentrados na parte externa do grão do trigo, então, quanto mais farelo presente na farinha, maior será seu teor de cinzas.
Brasil
Até 1990, a produção de farinha de trigo no Brasil era monopólio do Estado, que buscava, sem sucesso, a autossuficiência do trigo. A compra de trigo importado só era permitida na ausência do produto nacional e o foco era quantidade e não qualidade. Por isso, a farinha brasileira possui somente 3 tipos de classificação, bem diferente de outros países, como você verá a seguir.
Atualmente a indústria brasileira observa às mudanças de hábito do consumidor, mas a demanda por farinhas de qualidade ainda é considerada um nicho de mercado.
Denominação | Indicação de uso | Teor mín. de proteína |
Tipo 1 | Uso geral, para massas frescas, para confeitaria e para panificação | 7,5% |
Tipo 2 | Mais amarelada, dificilmente encontrada em mercados e mais utilizada pela indústria, para produção de biscoitos | 8,0% |
Farinha Integral | 8,0% | |
Tipo 1 com fermento | Farinha de trigo misturada com fermento químico, indicada para bolos | 7,5% |
Itália
A classificação da farinha italiana segue a numeração 00, 0, 1 e 2. Ela é baseada na teor de cinzas e no grau de moagem.
Denominação | Indicação de uso | Teor mín. de proteína | Teor máx. de cinzas | Equivalência com a classificação dos EUA |
Farina di grano tenero tipo 00 | Confeitaria | 9% | 0,55% | pastry flour |
Farina di grano tenero tipo 0 | Pães, pizzas, massas frescas e brioches | 11% | 0,65% | all-purpose flour |
Farina di grano tenero tipo 1 | Pães artesanais e rústicos | 12% | 0,80% | high gluten flour |
Farina di grano tenero tipo 2 | 12% | 0,95% | first clear flour | |
Farina integrale di grano tenero | Massas e pães integrais | 12% | 1,70% | white whole wheat |
Argentina
Na Argentina e em muitos países da América do Sul, excluindo o Brasil, a classificação da farinha segue uma sequência de zeros e não está relacionada com os zeros das farinhas italianas, a farinha 00 argentina é totalmente diferente da 00 italiana.
Denominação | Indicação de uso | Teor mín. de proteína | Teor máx. de cinzas | Equivalência com a classificação dos EUA |
0000 | Confeitaria | 0,49% | pastry flour | |
000 | Panificação, bolos e tortas | 0,65% | all purpose flour | |
00 | Panificação | 0,80% | high gluten flour | |
0 | Pães artesanais e rústicos | 1,10% | first clear flour | |
½ 0 | Massas e pães integrais | 1,50% | white whole wheat |
Estados Unidos
Nos Estados Unidos e no Reino Unido são utilizados nomes padronizados para cada tipo de farinha, não existem números de classificação.
Denominação | Indicação de uso | Teor mín. de proteína | Teor máx. de cinzas | Equivalência com a classificação do Reino Unido |
pastry flour | Confeitaria | 9% | 0,4% | soft flour |
all-purpose flour | Pães, pizzas, bolos e tortas | 11% | 0,55% | plain flour |
high gluten flour | Panificação | 14% | 0,8% | strong or hard |
first clear flour | Farinha mais escura, com alto teor de farelo. Muito utilizada na culinária judáica | 15% | 1,1% | very strong or hard |
whole wheat flour | Massas e pães integrais | 13% | 1,5% | wholemeal |
Alemanha
Os números das farinhas alemãs (mehltypen) indicam o teor de cinzas de cada produto. Existem também uma numeração própria para farinhas de espelta (630, 812 e 1050) e de centeio (1370, 1740 e outros).
Denominação | Indicação de uso | Teor mín. de proteína | Teor máx. de cinzas | Equivalência com a classificação dos EUA |
Tipo 405 | Confeitaria | 0,50% | pastry flour | |
Tipo 550 | Bolos, tortas e panificação | 0,63% | all-purpose flour | |
Tipo 812 | Panificação | 0,90% | high gluten flour | |
Tipo 1050 | Panificação artesanal | 1,20% | first clear flour | |
Tipo 1600 | Massas e pães integrais | 1,80% | white whole wheat | |
Durumweizenmehl Type 1600 | Farinha de semolina | 1,85% |
França
Os números das farinhas francesas também indicam o teor de cinzas (em miligramas) mas usando como referência 10 g de farinha e não 100 g. Sendo assim, eles são um fator decimal baixo dos tipos alemães.
Denominação | Indicação de uso | Teor mín. de proteína | Teor máx. de cinzas | Equivalência com a classificação dos EUA |
T45 | Confeitaria | 9% | 0,50% | pastry flour |
T55 | Bolos, tortas e croissants | 11% | 0,60% | all-purpose flour |
T65 | Panificação | 0,75% | ||
T70 | Panificação | 0,80% | ||
T80 | Panificação | 14% | 0,90% | high gluten flour |
T110 | Panificação | 15% | 1,20% | first clear flour |
T150 | Massas e pães integrais | 13% | 1,50% | white whole wheat |
Portugal
A classificação da farinha portuguesa é bem semelhante ao padrão francês.
Denominação | Indicação de uso | Teor mín. de proteína | Teor máx. de cinzas | Equivalência com a classificação dos EUA |
Tipo 45 – Farinha Flor | Confeitaria | pastry flour | ||
Tipo 55 – Farinha Super Fina | Bolos e tortas | all-purpose flour | ||
Tipo 65 – Farinha Fina | Panificação | high gluten flour | ||
Tipo 80, Tipo 110 – Farinha Semi-integral | Panificação | first clear flour | ||
Tipo 150 – Farinha Integral | Massas e pães integrais | white whole wheat | ||
Farinha Autolevedante | Farinha de trigo misturada com fermento químico, indicada para bolos |
“Brinque de mudar a farinha depois que você domina a receita. Senão, nunca vai saber se o problema é a sua falta de experiência ou a qualidade da farinha.”
chef Sauro Scarabotta do restaurante Friccò
Referências
- Recetasargentinas.net – Clasificación de las harinas según los países
- Paladar Estadão – Por que tem tanta farinha de trigo diferente no mercado?
- Weekend Bakery – Understanding flour types
- Fundação Bunge – O Brasil do Trigo
- Mulher Portuguesa – Conheça os tipos de farinha mais comuns
- Wikipédia – Flour, Farina, Mehl e Farine
12 respostas
Maconha é legal para quem usa, para os pais é um pesadelo.
Concordo muito com sua opinião.
Repare que quem defende a droga ou é adulto usuário ou adolescente que acha que sabe todas as verdades do mundo.
Formigas na comida? Arrrgh!
É sim. É tendência mundial entre o pessoal que quer melhorar o mundo derrubando o que já está pronto pra construir outro no lugar. Se você achou nojento, você é normal como eu. Como a maioria.
Bem legal a iniciativa deles. O racismo estrutural deve ser combatido sempre.
Fogo nos racistas!
Sem álcool em gel já estaríamos todos mortos, mas parece que algumas pessoas não entendem como é importante ouvir os especialistas.
Cara, tu é só mais um bolsominium idiota.
Maconha não faz mal pra ninguém. Apága essa merda antes que eu deniuncie.
Pode postar mais sobre cerveja?
Aquele curso no youtube vai sair?
Vai sim. falta só a placa de vídeo.
Muito bom sua postagem sobre a história do whisky. Compartilhei com meus funcionários.
Para o brandy ser considerado Cognac, necess rio que as uvas tenham sido cultivadas, fermentadas e destiladas na Fran a, mais especificamente na regi o de Charente, ao norte de Bordeaux. l que est localizada a cidade de Cognac, que deu nome bebida.
Não. Errado.
O Conhaque originou-se na região de Cognac, próxima a costa leste, quando marinheiros franceses, precisando de espaço nos porões dos navios, resolveram destilar o vinho popular produzido ali. Do acondicionamento dessa bebida destilada em barricas de carvalho, surgiu a cor dourada, hoje típica do conhaque. A região não fica em Bordeaux, fica longe, bem ao norte do outro lado do Garona (Garonne).